Quinta - feira, 07, foi o último dia de trabalho dos jogadores do Sergipe com o fisiologista, Rodrigo Clarke, 44, que está terminando de avaliar todos os atletas e programar as atividades individuais. De acordo com o fisiologista, a condição física dos jogadores está dentro da normalidade, baseada no padrão de uma pré-temporada, mas houve um item que chamou a atenção. “Percebi que a característica genética da equipe é de potência. Agora, precisamos fazer um trabalho que possa aliar a potência que eles têm com uma boa velocidade”, explicou Rodrigo Clarke, que é dono de uma Academia em São Paulo que leva seu sobrenome.
Um atleta com boa potência tem a capacidade maior de ter um arranque para se chegar a bola e um bom poder de antecipação. Porém, Clarke adverte que não adianta ser potente e veloz e não ter uma boa base. “O jogador pode até a agüentar a fazer um tiro curto de aceleração, mas não vai conseguir manter a seqüência de tiros”.
Para conseguir este equilíbrio, os atletas fizeram nesta semana diversos testes, como de potência, velocidade, resistência e capacidade anaeróbica. O fisiologista trouxe de São Paulo alguns aparelhos portáteis para facilitar a avaliação, como analisador de limiar anaeróbico ventilatório, futrex para medir porcentagem de gordura; fotocélulas e plataforma de contato.
Tratamento personalizado
Rodrigo Clarke chama atenção pelo fato de que no futebol moderno não pode acontecer o que era feito no passado, ou seja, uma carga ser colocada para todos os atletas. “Em cima de cada variável tem que se especificar o que cada um suporta, o estado atual de cada um, para conseguir a forma desejada o mais rápido possível e para evitar lesões”.
Durante a semana houve a coleta de dados de todas as variáveis física dos atletas e está sendo colocada todas estas informações em forma de estatística com gráficos. Na seqüência, é feita a seqüência de planejamento para o preparador físico até a estreia da equipe no Estadual. “Compomos também um cardápio para o dia-a-dia, visto que o clube não tem nutricionista”.
Programação
Na terça-feira, foi feito testes de potência e velocidade. Na quarta, agilidade e porcentual e de gordura, além de limiar. Depois, iniciou-se um processo de adaptação muscular. Nesta quinta-feira, o elenco treinou na Academia Galpão pela manhã e à tarde no Estádio João Hora, com seis tiros de 1.200 metros.
“A fisiologia hoje é um quesito importantíssimo no futebol moderno, a equipe que tem essa visão, com certeza, sai na frente das outras, não é o tópico essencial para o sucesso na competição, mas com certeza é um papel muito importante”, ressalta Rodrigo.
A consultoria da área de fisiologia – que começou semana passada, quando Rodrigo fez um planejamento com o treinador Ari Mantovani –, deve retornar no meio do campeonato. “Iremos saber se tudo está ocorrendo certo, faremos o controle de carga para saber se o ápice não está sendo alcançado antes do tempo para não gerar uma queda na performance na hora que não pode ocorrer”.
Currículo
O fisiologista Rodrigo Clarke é formado em Educação Física pela Unisa, com pós-graduação em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de São Paulo e em Ciências do Esporte pela Uniabc. Em 1992, foi preparador físico estagiário da equipe do São Paulo, campeã mundial. Tem experiência como preparador físico do Santo André e XV de Jaú, e coordenação técnica da equipe de base do Barueri.
Fonte: Assessoria de Imprensa-Kleber Santos
sexta-feira, janeiro 7
Sergipe!!!Característica genética da equipe é de potência, diz fisiologista
12:13
Ivanilson Martins
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